domingo, 27 de novembro de 2016

Sávio revela os momentos marcantes na Gazetinha

















O QUE MAIS ME MARCOU FOI O TÍTULO DA GAZETINHA INTERNACIONAL. NA SEMIFINAL NÓS VENCEMOS O FLAMENGO E, NA DECISÃO, O RIVER PLATE (ARGENTINA). FOI AÍ QUE O RUBRO-NEGRO CARIOCA ME CONVIDOU PARA JOGAR NO RIO.

*Veja o depoimento de Sávio publicado no Jornal A Gazeta, na edição do dia 27 de novembro de 2016

 “Nasci no dia 9 de janeiro de 1974, em Vila Velha, e meus primeiros passos no futebol foram no bairro Cobilândia, onde morava. Comecei a dar os primeiros dribles e a fazer os primeiros gols aos 8 anos, na escolinha Fluminensinho.
Depois disso, por volta de 1988, vendo que eu tinha potencial, minha família me tirou do bairro e me colocou para jogar na Desportiva. O time grená tinha uma boa estrutura na época. Na Tiva, vestindo a camisa 11, disputei duas vezes a Copa A Gazetinha (86 e 87) e fui campeão nas duas ocasiões. O que mais me marcou foi o título da Gazetinha Internacional. Na semifinal nós vencemos o Flamengo e, na decisão, o River Plate (Argentina). Foi aí que o Rubro-Negro carioca me convidou para jogar no Rio.
Me apresentei na Gávea, aos 14 anos, para ficar nas categorias de base. O início foi difícil, por causa da distância. Nunca tinha nem visitado o Rio. Fiquei cerca de um ano sem ver meus pais.
Após ficar um ano assim, me mudei para o centro de concentração do Flamengo, onde morei por cinco anos. Fui campeão carioca juvenil em 1988. Depois, em 89, 90 e 91. Por Causa desses números, subi para o profissional em 1992.
Meu começo no time profissional foi o melhor possível. Aos 18 anos, jogando ao lado de Paulo Nunes, Djalminha, Júnior Baiano e companhia, fui campeão brasileiro. Mesmo nçao tendo uma grande regularidade, adquiri experiência, e o torcedor passou a me conhecer. Porém, em 1993 voltei para o juniores para jogar o Carioca e mais uma vez fui campeã.
Quando o Júnior voltou ao Flamengo em 1993, desta vez como treinador, ele me levou de volta para o profissional. Foi com ele que me firmei na equipe principal como titular. O Júnior teve calma e me projetou no momento certo. Hoje somos amigos e, inclusive, foi ele quem escreveu a introdução do meu livro “Sávio – Dribles Certeiros de uma Carreira de Sucesso”.
Firmado no profissional, minha vida mudou e pude ajudar a minha família. Em campo, as coisas davam certo e o sucesso veio.
Em 1995, ano em que o Flamengo comemorava o centenário, formeu o “ataque dos sonhos” ao lado de Romário e Edmundo. O clima não era dos melhores, mas não guardo mágoa de ninguém.
Com o nome consolidado aqui no Brasil, me transferi para o Real Madrid, em 1997. Larguei o verão do Rio pelo frio da Espanha. Essa foi a minha maior dificuldade na Europa. No clube espanhol fui bem recebido por todo mundo. Vivi momentos ótimos no Real. Diferente de outros lugares, lá o comprometimento com a camisa do clube chamava atenção. Antes da individualidade estava o coletivo e a história do time. As lesões me atrapalharam na Espanha, mesmo assim conquistei três Ligas dos Campeões.
Fui titular da Seleção Brasileira principal e Olimpíada por três anos consecutivos: 94, 95 e 96. Fomos vice-campeões da Copa América do Uruguai em 1995, quando perdemos a final nos pênaltis para os donos da casa. Esse foi um momento que marcou bastante. Ganhei o Pré-Olímpico contra a Argentina, lá na Argentina, e fiz o gol do título.
Outro momento histórico foi ganhar o bronze em Atlanta com a seleção olímpica. Guardo a medalha na minha casa com muito carinho. A única coisa que lamento foi não ter atuado mais vezes na Seleção quando estava no Real Madrid. Por alguns motivos eu não era convocado.

GOL AZUL
É um prazer imenso ser o embaixador da Ames (Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo). Fico feliz em poder ajudar de alguma forma uma ação tão importante e séria. Em 2014, até para chamara atenção da população capixaba, criamos o Gol Azul. A edição deste anos será a terceira.

Fonte: Jornal A Gazeta

Um comentário:

  1. Grande Conterraneo Sávio. Joguei com seu irmão na Desportiva e disputamos copa a gazetinha ,Último clube q joguei foi a portuguesa. Abraço! Hoje moro em sampa e qdo vier aqui me faça saber.

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